Sustentabilidade e bem-estar foi discutido no V Encontro de Museus
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- Publicado em 22-11-2023
“Museus, sustentabilidade e bem-estar” foi o tema do V Encontro da Rede de Museus, que decorreu na passada segunda-feira, dia 20 de novembro no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal.
O tema da sustentabilidade é prioritário na agenda da ONU e nos seus estados-membros pelo enfoque das metas dos objetivos de desenvolvimento sustentável 2030. Por esse motivo, este ano o objetivo foi refletir sobre o potencial transformador que os museus podem ter para o desenvolvimento e o bem-estar.
Foram vários os oradores convidados que, com a sua experiência e conhecimento, nos ajudaram a responder à pergunta de como podem os museus ser mais sustentáveis, nas dimensões económica, ambiental, cultural e social.
A abertura do evento contou com o presidente da edilidade, Miguel Borges, que agradeceu a presença de todos, com a esperança de que no final do encontro todos os presentes pudessem sair mais enriquecidos, dando continuidade a todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido.
Na sessão de abertura contamos também com a presença de Rita Jerónimo, subdiretora-geral do Património Cultural, Rita Anastácio pró-presidente do Instituto Politécnico de Tomar e do presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, Manuel Jorge Valamatos que apresentou “um agradecimento especial a todos os que acreditam e divulgam a cultura museológica do Médio Tejo por estimularem e reforçarem as relações entre a nossas comunidades e estes espaços culturais e pela dedicação com que trabalham para atrairmos mais visitantes para a nossa região”. O mesmo ainda destacou “nesta que é uma região tão rica em história, tradição e cultura, os nossos museus desempenham um papel fundamental na coesão territorial e na preservação da nossa memória coletiva”.
A primeira comunicação do encontroem direto do Brasil por vídeo conferência, foi dedicada ao tema “Museus, boas práticas para o desenvolvimento sustentável”. A conferência foi proferida por Mariana Espel de Oliveira, coordenadora científica do Projeto de Desenvolvimento Sustentável na prática, em execução na Rede de Museus de Famalicão.
Ainda no decorrer da manhã, um outro tema foi lançado à discussão sobre “o que pensam os Jovens sobre a participação na Cultura, o que propõem e como o podemos fazer juntos”. Este momento coube a Sara Barriga Brighenti, subcomissária do Plano Nacional das Artes.
Para além da partilha de experiências pelos oradores, destaque-se ainda, durante o período da manhã, dois momentos: uma justa homenagem a Paula Remédios, impulsionadora desta rede no período em que exerceu funções na CIM Médio Tejo e a um momento de apresentação performativa dirigida pela professora de Educação Musical do Agrupamento de Escolas do Sardoal, que encheu o palco com 30 alunos do 2.º ciclo num momento musical que não deixou ninguém indiferente.
No período da tarde decorreram 5 sessões paralelas que permitiram o debate de outros tantos temas:
- Museus e sustentabilidade económica: a importância do mecenato cultural e de parcerias;
- A dimensão ambiental da sustentabilidade nos museus e o seu contributo para a resiliência das comunidades;
- Museus socialmente sustentáveis (inclusão social, cidadania, democracia);
- A dimensão cultural da sustentabilidade em foco nos museus (comunidades, território e diversidade cultural)
- Museus e bem-estar – Rede de Museus para a inclusão na Demência
Após a apresentação performativa da tarde por vários elementos da Filarmónica União Sardoalense, o professor Mário Moutinho, Diretor do Departamento de Museologia da Universidade Lusófona, destacou a importância de os museus desempenharem o papel de agregador social.
Depois de algum debate, o encontro terminou já ao final da tarde, com a intervenção do Presidente do Município, que reiterou a satisfação do município no acolhimento do encontro no Sardoal, salientando a relevância da cultura, e dos museus em particular, na sustentabilidade das comunidades e dos territórios.
A Rede de Museus do Médio Tejo (RMMT) foi criada em junho de 2018, por protocolo estabelecido entre a CIM do Médio Tejo e o Instituto Politécnico de Tomar.
FOTOS: Paulo Sousa